A Justiça negou, em uma decisão liminar (provisória), o pedido de liberdade feito pela defesa de André Souza Santos, acusado de envolvimento na morte do vereador por Batalha, Tony Carlos Medeiros, o Tony Pretinho.
A decisão é do desembargador Sebastião Costa Filho, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), e foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico de terça-feira (5).
Santos está preso desde o dia 14 de março, depois de ter sido capturado pela polícia na cidade de Brusque, em Santa Catarina. O vereador foi morto em dezembro do ano passado, com 15 tiros nas costas e na cabeça.
De acordo com o TJ, a denúncia apresentada pelo MP dá conta de que Santos foi o responsável por monitorar a rotina do vereador. Ele foi denunciado em maio deste ano, junto a outros dois acusados: José Márcio Cavalcanti de Melo, conhecido como Baixinho Boiadeiro, e Thiago Mariano Tenório.
Ainda segundo o MP, o crime teria sido motivado por uma suspeita dos acusados de que o vereador tinha envolvimento na morte do também vereador Adelmo Rodrigues de Melo, o Neguinho Boiadeiro, que era pai de José Márcio.
A defesa de Santos entrou com um pedido de habeas corpus, com pedido de liminar, para conseguir a soltura dele, afirmando que não havia provas suficientes da participação dele no crime, e que ele havia sido forçado pela polícia a confessar o crime.
Na decisão que indeferiu o pedido de liberdade, o desembargador Sebastião Costa filho afirma que há relatos juntados ao processo que mostram que Santos esteve nas redondezas da casa da vítima no dia do crime.
“Registre-se ainda que a juíza de primeiro grau, ao decretar a prisão preventiva, fez referência a conversas no aplicativo Whatsapp, nas quais os denunciados planejaram a execução da vítima”, diz trecho da decisão.
O desembargador afirmou ainda que a prisão preventiva foi decretada levando em conta a garantia da ordem pública, a aplicação da lei penal e a conveniência da instrução criminal, baseando-se ainda na gravidade do crime e no modo como foi praticado.