
Em sessão realizada pelo Tribunal do Júri da Comarca de Porto Real do Colégio nesta terça-feira, 18 de dezembro, foi julgado o réu Adriano dos Santos, acusado de ter executado a própria esposa e ferido o cunhado com golpes de arma branca em plena noite de natal do ano de 2013.
Para o Conselho de Sentença, Adriano dos Santos é culpado pela morte de sua esposa Lidiane da Silva Vilela, que foi atingida por diversos golpes de arma branca no momento em que tentava socorrer o irmão Wilton da Silva Vilela, ferido anteriormente pelo acusado.
Os jurados entenderam ainda que o crime praticado contra Lidiane Vilela foi por motivo fútil e as causas provocadas por ele foram gravosas já que na oportunidade a vítima era mãe de duas crianças, sendo uma delas, um bebê de colo. Pelo homicídio de Lidiane Vilela, a juíza Fabíola Melo Feijão, que presidiu a sessão, dosou a pena do acusado em 18 anos de prisão.
Já em relação a vítima Wilton da Silva Vilela, cunhado do acusado, o Conselho de Sentença entendeu que o réu também merecia ser condenado por homicídio tentado qualificado pelo motivo fútil, modo de execução cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Pela tentativa de homicídio, Adriano dos Santos foi condenado a 10 anos de prisão, totalizando assim uma pena-base de 28 anos de reclusão, a serem cumpridos em regime inicialmente fechado.
Relembre o caso
De acordo com os autos processuais, no dia 25 de dezembro de 2013, por volta das 20 horas, Adriano dos Santos dirigiu-se até a casa de sua sogra em busca de sua companheira Lidiane, alegando que a levaria para casa, sendo impedido primeiro pelo Wagner, irmão da vítima, o qual entrou em casa logo após uma ligeira discussão.
Em seguida, chegou o outro irmão e também vítima Wilton, o qual segurou Adriano tentando impedir o mesmo de entrar na casa, mas o acusado conseguiu desvencilhar-se e passou a desferir golpes de faca na cabeça do cunhado, deixando-o gravemente ferido. Diante da cena, Lidiane correu para perto de seu irmão Wilton, na tentativa de impedir que Adriano o matasse, oportunidade em que o elemento desferiu sucessivas facadas na própria companheira, levando a mesma a óbito.
