Hiago Pereira da Silva, da 24 anos, foi condenado a 15 anos de prisão pela morte de Fabrício Martins Teixeira. O crime foi em Araguaína, no ano passado. Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, Silva decidiu matar Fabrício após a vítima descobrir que ele havia feito um vídeo íntimo dele no banheiro da empresa onde os dois trabalhavam.
Segundo a defesa de Hiago Pereira, Fabrício pediu dinheiro ao rapaz para não entregar o vídeo ao departamento de Recursos Humanos da empresa. A quantia acertada seria de R$ 4 mil. O jovem confessou o crime à Polícia Civil.
O acusado foi a júri popular, ele foi condenado por homicídio qualificado, praticado por motivo fútil e meio cruel, por dissimulação, por ocultação de cadáver e também por fraude processual. Ainda cabe recurso à sentença, mas ele começa a cumprir a pena imediatamente.
O corpo de Fabrício foi encontrado no dia 3 de junho de 2017, debaixo de uma ponte, no parque mais movimentado da cidade. O caso causou comoção em Araguaína.
O caso
O estudante Fabrício Martins Teixeira, de 23 anos, desapareceu na sexta-feira, 19 de maio de 2017, em Araguaína, norte do Tocantins. Um dia após o sumiço, a motocicleta dele foi encontrada abandonada em uma rua no Jardim Paulista. Nesse dia, a família foi até a Polícia Militar para comunicar o caso. Fabrício era estudante de educação física.
O irmão dele, Ricardo Teixeira, disse que ele saiu de casa na sexta-feira sem documentos ou dinheiro e não deu mais notícias. Segundo a polícia, Fabrício foi morto na casa do suspeito, no bairro São João.
A moto foi encontrada sete quilômetros do local no bairro Jardim Paulista. O corpo de Fabrício teria sido levado em um carrinho de mão e jogado em baixo de uma ponte próximo do Parque Cimba.
No dia, parentes e amigos planejavam a festa de aniversário do rapaz, que completou 23 anos dois dias depois. O irmão conta que ele também estava ansioso para ir a uma festa da faculdade no sábado. “Eu cheguei a ir à festa para ver se ele apareceria e nada. Ele não estava lá”, contou