Na tarde de ontem (15), Policiais Civis do NIESP – Núcleo de Investigação Especial da DGPC, coordenados pelo Delegado Sidney Tenório, conseguiram localizar na cidade de Junqueiro, a 112 km da capital, mais um foragido da justiça alagoana, condenado a pena de 13 anos e 04 meses de reclusão em regime fechado pela prática do crime de estupro de vulnerável. O homem que não teve seus dados de identificação divulgados, de acordo com a lei de abuso de autoridade, possui hoje 55 anos, já trabalhou como “palhaço de circo” e atualmente estava vivendo da “agricultura familiar”, foi capturado pelos agentes do NIESP, momento em que estava saindo da sua residência no bairro Retiro, naquela cidade.
“…Estávamos há alguns dias investigando esse caso e constatamos que o criminoso teria mudado de endereço dentro do próprio bairro, evitando se apresentar em público, saindo em horários específicos de casa. Daí, montamos serviço de vigília e conseguimos identificá-lo, ocasião da sua captura, ação policial enérgica que não deu chance de reação ao criminoso…”, frisou o Delegado.
Do local da prisão, o capturado foi removido para CISP de Junqueiro e logo depois, transferido para Delegacia Regional de São Miguel dos Campos – 6ª DRP, onde permanece encarcerado à disposição da justiça, aguardando a realização de audiência de custódia.
Do caso:
No inquérito policial instaurado à epoca dos fatos, consta que, durante os anos de 2014, 2015 e início de 2016, o agora capturado praticou atos sexuais, de forma continuada, com um adolescente (sexo masculino), o qual contava, no ano de 2014, com 12 anos de idade.
Ao que se apurou, no ano de 2014, o capturado que residia no bairro Retiro em Junqueiro, sendo vizinho da família da vítima, conquistou a confiança do adolescente e dos seus familiares, passando a vítima, em algumas noites, a pernoitar na sua residência. Em uma daquelas noites, enquanto o adolescente dormia, o capturado o “beijou na boca e apalpou o órgão genital” da vítima. A partir desse primeiro contato de cunho sexual, o capturado passou a praticar os estupros em desfavor do adolescente, consistentes no sexo oral e no sexo anal; de acordo com as declarações da vítima e do próprio capturado (réu confesso no inquérito e na ação judicial), a participação do adolescente era sempre ativa no sexo anal, cabendo ao adolescente a penetração de seu pênis no ânus do capturado.
As práticas libidinosas aconteceram de forma reiterada e oculta, por vezes na casa do adolescente e outras na casa do capturado, até que em fevereiro de 2016, a vítima noticiou os fatos ao seu padrasto. O adolescente resolveu contar, pois passou a ser ameaçado pelo agora capturado, que respondeu ao processo em liberdade até ser condenado pela justiça no ano de 2022.
