
Três acusados de assassinar o integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), Luciano Alves da Silva, conhecido como “Grilo”, vão a julgamento nesta quarta-feira (30), no Tribunal do Júri da Capital. O crime aconteceu em 2003, na zona rural do município de Craíbas, Agreste alagoano.
O julgamento de José Francisco Silva, conhecido como Zé Catu, João Olegário dos Santos e Francisco Silva, irmão de Zé Catu, será conduzido pelo juiz John Silas da Silva, substituto da 9ª Vara Criminal da Capital.
Integrantes do MST preparam uma vigília na porta Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no bairro Barro Duro, para acompanhar a sessão do júri.
Em 2014, o julgamento foi desaforado após o Ministério Público Estadual (MPE/AL) alegar que alguns jurados teriam sido procurados e coagidos a mudar seus votos. Na época, o desembargador Fernando Tourinho de Omena Souza decidiu transferir a sessão para Maceió.
O caso
O crime ocorreu em 7 de setembro de 2003, por volta das 22h, em uma estrada vicinal do Sítio São Gonçalo, zona rural de Craíbas. A vítima teria ido a um bar por insistência de Josinaldo José dos Santos, já falecido. Quando estava saindo do local, foi alvejado por tiros disparados por dois homens em uma moto.
De acordo com o depoimento de testemunhas, Luciano Alves tinha pretensões de disputar o cargo de vereador de Girau do Ponciano. Seu principal adversário seria José Francisco, o Zé Catu. Dias antes do crime, a vítima teria dito a um amigo que morreria por conta de suas posições políticas.
