
Apesar das agressões cometidas por guardas municipais contra o jovem Wanderson Alves dos Santos, 18 anos, que apareceu morto poucos dias após a agressão, investigações da polícia apontam que o rapaz foi assassinado por traficantes, devido a envolvimento com drogas.
A informação foi divulgada pelo delegado que investiga o caso, Sidney Tenório, neste sábado (09). “A gente tinha desde o começo duas versões, que o Wanderson era envolvido com o tráfico de drogas e, inclusive tinha ido para Branquinha fazer distribuição de drogas para uma facção criminosa de Maceió. A gente trabalhava com a versão dos guardas [homicídio por parte deles], que era mais provável, até porque eles não conseguiam provar a liberação e o Wanderson tinha sido visto pela maioria das pessoas na custódia dos guardas. Só que a gente conseguiu hoje dois depoimentos importantes, com inclusive nomes de possíveis autores”, falou o delegado.
Segundo o delegado, esses novos depoimentos, que mudam o rumo das investigações, já foram informados para o poder judiciário.
Apesar do homicídio não ter relação com a agressão por parte dos guardas municipais, os dois, identificados como Jaelson Ferreira da Silva, 25, e Carlos Roberto da Silva, 29 anos, permanecem presos e serão indiciados por fraude, uma vez que apresentaram testemunhas falsas.
“Vai ser feito o desmembramento do inquérito. O principal inquérito vai ser do homicídio, coordenado por mim e pelo delegado Valter Nascimento e, o outro inquérito vai ser para apurar agressão, porte ilegal de arma e de fraude processual dos guardas municipais”, disse o delegado.
