
Na noite da última quarta-feira (4) o bebê J.F.L da S., de 1 ano e um mês, que foi espancado pelo próprio pai, foi transferido para a UTI pediátrica do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. O estado de saúde da criança é considerado muito grave. O caso foi registrado no bairro João Paulo II, em Arapiraca e o agressor, José Fábio Lima da Silva, de 25 anos, teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça.
A informação foi confirmada pelo Delegado Fernando Lustosa, 52 DP, em entrevista concedida ao programa Canal 96,da rádio 96 FM Arapiraca,apresentado pelo radialista Mitchel Torquato, que falou em entrevista na última quinta-feira (5).
“Após a oitiva dele, no ato da prisão em flagrante, o procedimento foi encaminhado à justiça. Na data de (quarta-feira 04) já houve a audiência de custódia e já foi decretada a prisão preventiva do indivíduo”, relatou o delegado. José Fábio, que estava em uma cela isolada da Casa de Custódia, para que o andamento do inquérito possa ocorrer com tranquilidade, estará sendo transferido ao sistema prisional. Fernando Lustosa relatou ainda que todos os procedimentos serão adotados no sentido de que o inquérito seja concluído.
Não negou o fato
O delegado Fernando Lustosa informou que nos Autos do Processo consta que José Fábio estava sozinho na residência, no momento em que ocorreu o fato, enquanto a mãe havia saído para resolver algumas questões do Bolsa Família. “Após a chegada de uma equipe do SAMU, foi constatado que a criança estava com sinais de agressão. A partir daí que a Polícia Militar foi acionada e trouxe o suspeito para a Delegacia, onde foi autuado em flagrante,” destacou.
Na entrevista, o delegado reforçou que desde o momento da prisão feita pela Polícia Militar, no local do fato, até chegar na Central da Polícia Civil, ele confirmou ter sido o autor das agressões. Porém, tentou justificar as mesmas em razão de um momento psicológico complicado pelo qual estava passando.
No depoimento ao delegado Fernando Lustosa, José Fábio alegou que estava passando por problemas pessoais de ordem financeira e familiar, numa tentativa de justificar a agressão contra o filho de apenas um ano e um mês. “O que foi apurado nos autos do processo é que houve uma tentativa de asfixia, ele colocou a mão na boca da criança- não para que ela parasse de chorar- mas para que ela não respirasse. Então, a partir daí, ele assumiu o risco de matar a criança e, por isso mesmo, está agora respondendo por tentativa de homicídio”, relatou,
A criança já teria sofrido outras agressões
As investigações terão continuidade, até para saber se houve algum tipo de omissão por parte da família, em relação a possíveis agressões anteriores que a criança tenha sofrido. “Nós ainda não ouvimos a mãe da criança, até porque ela se encontra junto com o filho no Hospital, mas, o que nós temos extraoficialmente, conversando com alguns parentes, que ainda serão arrolados oficialmente como declarantes do inquérito policial, é que esse tipo de agressão já tinha ocorrido anteriormente. Não com essa gravidade, obviamente, mas ele tinha por hábito agredir a criança quando ela chorava ou ele ficava nervoso dentro de casa,” concluiu o Delegado Fernando Lustosa.
A morte da criança-
O Hospital Geral do Estado (HGE) informou na manhã desta sexta-feira (6) a morte da criança, e o delegado falou sobre os procedimentos adotados a partir de gora.
Ouça abaixo a entrevista do delegado Fernando Lustosa, falando ao detalhedanoticia.com.br e ao programa Canal 96.
