

Uma vitória com a cara do Flamengo. Do Flamengo de Jorge Jesus. Foi assim que o treinador analisou o 4 a 1 do Rubro-Negro sobre o Corinthians, neste domingo, no Maracanã, pelo Brasileirão.
– Mais uma vitória com muita qualidade. Voltamos a jogar como Flamengo. Fizemos o que habitualmente fazemos durante a semana e transportamos para o jogo. Jogamos contra um rival forte, que ainda não tinha sofrido quatro gols. É uma equipe organizada taticamente – disse, para completar:
– O Flamengo foi lúcido, sabia que a qualquer momento poderia marcar. Fez dois gols no fim da primeira parte. Em alguns momentos do primeiro tempo, não estivemos tão bem, o que é natural, não jogamos sozinhos. O intervalo foi importante para ajustar as coisas. A equipe jogou bem. Mesmo cansada, ela não cansa. Hoje foi o primeiro jogo de novembro. Em outubro foram nove, ganhamos sete e empatamos dois. Começamos um novo ciclo.
Com o resultado, uma recuperação após o 2 a 2 diante do Goiás, o Flamengo chegou a 71 pontos e continua na liderança do campeonato. Na quinta-feira, no Nilton Santos, enfrenta o Botafogo.
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Comparações com o time da década de 1980
Serve de inspiração, óbvio. Não podemos esquecer a história do Flamengo. Estarmos tentando fazer melhor do que quem fez história é um bom sinal. Mas eles fizeram história e fazem parte da história, foram campeões. Nós estamos fazendo história, mas ainda não ganhamos nada.
Bruno Henrique
O Bruno Henrique é um jogador completo. Tem muito talento e tem uma coisa importante para um grande jogador. É muito humilde, trabalha para o time. A maior parte dos atacantes só gosta de jogar com a bola. E o Bruno não é assim. Um jogador completo. Veja como ele jogava e como ele passou a jogar depois que cheguei aqui. Agora é fácil falar, é um jogador de seleção. Mas tem que ver o que fez ele chegar lá.
Gerson
É outro grande jogador. Acho que é outro que vai fácil para a Seleção. Ninguém sabia, mas agora é fácil. Temos uma forma de trabalhar que o ajuda. Fez um grande jogo, não vinha bem nos últimos jogos. Contra o Goiás o tirei um pouco para encher um pulmão.
Sucesso do trabalho
Não vim aqui para o Brasil inventar nada. Vim aqui para trabalhar e transportar minhas ideias para o Flamengo. E tenho orgulho do meu trabalho. Digo sem vaidade. Em todos os lugares que nós chegamos batemos recordes. Benfica, Sporting… E no Flamengo tem sido assim.
Substituição de Rafinha
Pensei que o Rafinha tinha sentido a lesão. Depois ele falou que queria continuar. Não vejo como uma discussão. Nós estamos acostumados. É normal, mas de fora parece que estamos zangados. Ainda mais o Rafinha, jogador experiente. Aconteceu e não tem problema nenhum.
Poupar jogadores
Vocês estão acostumados a descansar e se recuperar não jogando. Na Europa não temos essa forma de olhar o futebol. Na Europa, jogamos quarta e domingo, mas não percorremos tanta distância. Mas há formas de fazer. E quero agradecer ao Flamengo pela estrutura e logística que falamos que tinha que mudar quando chegamos.
Diego
Diego teve uma lesão muito grave, se recuperou em tempo extraordinário. Ele precisa ganhar ritmo e jogar. Estamos na reta final, então vou correr riscos. Um dos melhores capitães com quem trabalhei. Líder, um exemplo, muito profissional. Vai nos ajudar muito.
VAR
Não sou contra o VAR, sou a favor. Em Portugal fui um dos grandes defensores. Agora, o protocolo do VAR tem que ser melhorado. O VAR veio para ajudar na verdade esportiva, mas o protocolo tem que ser alterado na próxima temporada. Temos que ser mais eficazes. É fácil.
Everton Ribeiro
O Everton é um jogador com características especiais, muito importante na organização do último passe. Ele tem andando há muito tempo com um problema no tendão, que não o deixa jogar com tanta velocidade. Mas tem tanta qualidade que supera isso.
Gabigol
O Gabigol maior artilheiro do Brasil, jogador de seleção. No Benfica ninguém sabia se jogava ou não. Aqui é um grande jogador. Por que? Porque é um grande jogador. Mas também porque tem uma grande equipe e joga aqui de uma maneira diferente do que jogava na Europa.
