
A Justiça alagoana determinou a soltura de Jaelson Ferreira da Silva e Carlos Roberto da Silva, que atuavam como guardas municipais de Branquinha e que foram considerados, num primeiro momento, suspeitos da morte de um jovem na cidade. A decisão foi proferida pela juíza Emanuela Porangaba.
“Após o decreto de prisão temporária dos acusados, a polícia judiciária continuou as investigações, oportunidade em que surgiu uma nova linha de investigação, o que aparentemente exime os representados de responder pelo crime de homicídio qualificado praticado em desfavor de Wanderson Alves da Silva”, aponta a magistrada.
Além da morte do jovem, da qual já foram inocentados, os dois guardas pelos crimes de agressão – cometida contra a mesma vítima – e porte ilegal de arma de fogo. Mas, de acordo com o delegado Sidney Tenório, esse inquérito não teve prisão decretada e a dupla deve ser solta assim que a polícia receber a ordem judicial.
Jaelson e Carlos foram detidos no início do mês e levado para o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Murici. De acordo com investigações da polícia, entretanto, Wanderson, que tinha 18 anos, foi morto não pela dupla, mas pelo envolvimento com o tráfico de drogas na região.
Os guardas foram apontados no assassinato devido a imagens gravadas de um celular que mostravam os dois agredindo, algemando e levando em uma viatura a vítima depois de uma abordagem truculenta a um grupo de jovens em Branquinha. O rapaz estaria embriagado e foi agredido com socos.
Ele desapareceu um dia após a situação e foi encontrado morto em seguida. A ocorrência foi registrada no dia 28 de janeiro e no dia 3 deste mês o corpo foi encontrado. O caso deve prosseguir com o encaminhamento de dois inquéritos, um para investigar o assassinato e outro apurando os crimes de agressão e porte ilegal de arma de fogo.
