O sargento que atirou e matou a própria companheira em um hotel na região central de Palmeira dos Índios, Agreste de Alagoas, se apresentou à polícia nesta terça-feira (26).
O homem foi ouvido no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Palmeira dos Índios, de acordo com a Rádio Sampaio. O advogado do militar também esteve presente.
Não há informações sobre o que foi dito pelo sargento ao delegado durante o depoimento. O inquérito segue em andamento.
O crime, registrado no dia 20 de novembro deste ano, teve como vítima a mulher identificada como Solange da Silva, de 44 anos.
Solange e o sargento tiveram uma discussão por causa de ciúmes antes do feminicídio. Ela foi atingida com um tiro na cabeça e morreu antes da chegada de uma equipe do Corpo de Bombeiros.
Na ocasião, a PM fez buscas para prender o militar, mas ele esperou o término do período que configura flagrante para se apresentar à polícia.
Defesa do militar fala que houve suicídio
A defesa do sargento da Polícia Militar, Sampaio, que está sendo investigado no suposto feminicídio da feirante Solange Silva, 44 anos, ocorrido no último dia 20 no interior do quarto de um hotel, no centro de Palmeira dos Índios, Agreste de Alagoas, afirmou nesta quarta-feira (27), que a vítima tirou sua própria vida.
Cicero Pitta, advogado do sargento, disse que o laudo do Instituto de Criminalística (IC) realizada no local no dia do ocorrido irá comprovar que a vítima usou a pistola do policial para cometer o suicídio. ‘Ela cometeu suicídio. Não há dúvida’, afirmou.
De acordo com o advogado, o sargento tinha um relacionamento esporádico com a feirante. No entanto, no dia do ocorrido, Solange teria ligado para Sampaio para que ele fosse até o hotel, onde ela morava.
“O sargento Sampaio estava em seu comercio de frutas, que é vizinho ao local onde dona Solange residia, quando ela ligou e lhe pediu para que o mesmo fosse até o hotel. Ao chegar no local, ele começou a falar com ela. Nesse momento o telefone dele tocou, era o seu irmão ligando para avisar que havia chegado em seu comercio um caminhão de melancia e que ele fosse receber. Quando ele atendou a ligação a vítima ficou nervosa ao suspeitar de que o telefonema seria uma amante dele. Nesse momento, Sampaio disse, eu vou ali e volto já… Ele então saiu e ela bateu à porta e fechou”, disse Pitta.
E continuou…”Ao andar de 20 à 30 metros, o sargento Sampaio ouviu um estampido. Nessa hora ele colocou as mãos na cintura e lembrou que havia deixado a arma no local. Ao voltar correndo, ele encontrou a porta fechada. Foi quando ele forçou a parte superior da porta que é de ferro e se deparou com a vítima já no chão, ensanguentada e com a arma ao lado. Ele desceu e pediu para uma terceira pessoa ligar para o socorro e para polícia”, relatou o advogado.
Sobre a investigação, Diogo Martins, Chefe de Operações da Delegacia Regional de Palmeira dos Índios, informou que o teor do depoimento do militar seguirá em sigilo, até a conclusão do inquérito policial que investiga o caso.
Fonte: Todo segundo