
O Ministério Público de Alagoas (MPAL) solicitou à Justiça a revogação da liminar que concedeu prisão domiciliar ao empresário Carlos Eduardo Pedrosa, conhecido como “Dudu do Posto” que está foragido desde o dia 21 de março, quando foi condenado a mais de 14 anos prisão pela morte do articulador político José Alysson Belarmino, de 29 anos.
Para não comparecer ao júri popular, Carlos Eduardo apresentou um laudo médico, alegando que sofre de transtorno de ansiedade. No entanto, após a leitura da sentença, ele fugiu e é considerado foragido pela Justiça.
No pedido de revogação da prisão domiciliar do empresário, o MP/AL afirma que Carlos Eduardo não apresenta doença grave que o impeça de cumprir a pena em regime fechado.
“Somente é possível a concessão da prisão domiciliar quando comprovada a impossibilidade da assistência médica adequada no estabelecimento prisional. Assim sendo, não existindo prova idônea de que o paciente está extremamente debilitado por motivo de doença grave, bem como de que o estabelecimento prisional não possui assistência médica adequada, não há o que se falar em conversão da preventiva pela domiciliar”, diz trecho do pedido de revogação, feito pela procuradora Neide Maria Camelo da Silva.
O caso
O crime aconteceu às vésperas das eleições estaduais em 2014, no município de União dos Palmares, Zona da Mata alagoana. A vítima, José Alysson Berlamino, de 29 anos, foi morto a tiros na saída de um comício eleitoral.
Segundo as investigações, o empresário e o articulador político estavam trabalhando juntos na campanha de um deputado, mas se desentenderam
De acordo com relatos feitos para as autoridades, a vítima seria o coordenador político do deputado e Carlos Eduardo cuidava das despesas de campanha do parlamentar. Após desconfiar de um suposto desvio de verbas, José Alysson teria rompido com o empresário acabou sendo morto.
Carlos Eduardo ficou nove meses foragido e se apresentou à polícia em 2015. Ele ficou apenas 2 meses preso e ganhou o direito de responder o crime em liberdade, após apresentar um laudo médico atestando problemas de saúde. O MP/AL denunciou Carlos Eduardo pelo crime de homicídio qualificado. A defesa conseguiu dois anos de redução de pena após ele confessar a autoria do assassinato
Fonte: Cadaminuto
