O vereador eleito pelo município de Viçosa, Vavá Oliveira (Republicanos), foi preso em uma operação da Polícia Civil acusado de integrar um grupo de extermínio na cidade de Viçosa, no interior de Alagoas. Oliveira foi eleito com 828 votos.
Na manhã desta quinta-feira (19), o delegado Guilherme Sillero prendeu Vavá Oliveira e mais duas pessoas, entre elas um pistoleiro. Os mandados de prisão foram expedidos pela magistrada Juliana Batistela, da comarca do município, contra esses suspeitos de praticarem diversos homicídios na Zona da Mata alagoana.
De acordo com as informações do chefe de operações da 9ªDRP, Joubert Ataíde, já foram computados seis homicídios praticados pelo grupo.
“Os suspeitos de 49, 30 e 22 anos agiam matando pessoas com promessas de recompensa e vantagens como votos e apoio político, intimidando e ameaçando testemunhas e familiares das vítimas, bem como eliminando provas dos crimes”, disse Joubert Ataíde .
A polícia segue com as investigações para identificar e localizar outros suspeitos envolvidos nos crimes. A polícia investiga diversos homicídios na região praticados pelo grupo para obter vantagens como votos e apoio político, intimidando e ameaçando testemunhas e familiares das vítima e eliminando provas dos crimes.
Até o momento, a polícia já relacionou ao grupo seis homicídios em Viçosa, um no município de Atalaia. A atuação do grupo em outros quatro crimes na cidade está senda investigada.
Vítimas
Ainda segundo informações do chefe de operações da 9ªDRP, a escolha das vítimas do grupo de extermínio não seguia uma padrão. “Seria qualquer um que atravessasse os caminhos deles, tanto com interesse político contrário ao deles, como com interesse de comandar a área ou tráfico de drogas. Se alguém queria comandar a área, ele executava”.
Operação
Nesta quinta-feira (19), o vereador Vavá Oliveira, o filho e um outro homem foram presos suspeitos de integrarem um grupo de extermínio na cidade de Viçosa, na Zona da Mata de Alagoas. De acordo com a polícia, os suspeitos praticavam homicídios em troca de votos e apoio político, intimidando e ameaçando testemunhas e familiares das vítima e eliminando provas dos crimes.
A ação policial foi realizada pela equipe da 9ª Delegacia Regional de Viçosa (9ª DRP), comandada pelo delegado Guilherme Sillero e deu cumprimento aos mandados de prisão expedidos pela magistrada Juliana Batistela, da comarca do município, contra esses suspeitos de praticarem diversos homicídios. A polícia chegou ao grupo após a denúncia de uma das vítimas.
De acordo com as informações do chefe de operações da 9ªDRP, desde o dia 30 de outubro o grupo estava sendo monitorado, mas, como um dos suspeitos era candidato e não poderia ser preso, a polícia precisou aguardar as eleições para deflagrar a operação.
O vereador Vavá Oliveira foi localizado em uma propriedade na zona rural. Já o filho estava em outra propriedade do pai. De acordo com o Procurador eleitoral Adriano Jorge, a investigação ainda está no começo e ainda não é possível afirmar se todos os crimes tem motivação eleitoral. “Existem crimes antigos e recentes, existem questões de problemas pessoais como eleitorais”.
Sobre o mandato do vereador eleito, o Procurador explicou que nada impede que Vavá Oliveira tome posse, mas possivelmente o suplente assuma.
Defesa
Em nota, a defesa informou que já está adotando as medidas judiciais cabíveis para reverter a situação.
Confira a nota na íntegra:
As imputações criminosas são inverídicas. Verificamos que, infelizmente, a Autoridade Policial reuniu diversos inquéritos em um único pedido de prisão temporária, alguns instaurados há quase três anos e sem autoria identificada. E agora, baseado no relato de uma única declarante, que não apresentou qualquer outro elemento de prova, decidiu atribuir aos investigados suas autorias. Destaque-se que a declarante manteve relacionamento conjugal com um dos investigados, encerrado há poucos meses, e em retaliação praticou verdadeira denunciação caluniosa. A Defesa já está adotando as medidas judiciais cabíveis para reverter a situação, na certeza de que deve prevalecer a presunção de não culpabilidade e julgamentos sumários e discussões baseadas em suposições ou versões unilaterais devem ser evitadas.